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Projeto Ideal até 26/6

Depois de passar pelo Museu de Arte Contemporânea de Santiago (Chile), a exposição Projeto Ideal chega ao Centro Cultural São Paulo. Reunindo dez artistas - Albano Afonso (Brasil), Jota Castro (Peru/França), Sandra Cinto (Brasil), Dario Escobar (Guatemala), Regina José Galindo (Guatemala), Carlos Garaicoa (Cuba), José Falconi (Peru), Patrick Hamilton (Chile), Santiago Sierra (Espanha) e José Rufino (Brasil) -, esta é uma proposta organizada em torno de diversos pontos de vista sobre o conceito de "ideal". O projeto surge da necessidade de diálogo e intercâmbio entre artistas de diferentes nacionalidades. Sem curador, a mostra se estruturou a partir de uma dinâmica na qual cada artista confirmado convidava o artista seguinte, fechando assim o conjunto em exposição.

Sandra Cinto

Terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Entrada franca - Piso Flávio de Carvalho


Mais informações? Aqui ó!

L.O.V.E. Banana

Saiu na semana passada o clipe para a primeira música da parceria do DJ João Brasil com a vocalista do Cansei de Ser Sexy, Lovefoxxx. A música é quase um ode gringo à malícia brasileira, mas confesso que a letra tem um potencial muito maior do que foi explorado, apesar de ser muito difícil que ela não grude na cabeça. O que falta no gingado sobra na criatividade do estúdio brasileiro Hardcuore, que sempre nos presenteia com criações coloridas e interessantes. Vale o play pela criatividade e o trabalho gráfico.

A Storm of Light e Dark Castle

Chegamos na metade do ano com inúmeros discos ótimos. Bandas como Forgotten Tomb, Shining, Blood Ceremony e Subrosa lançaram discos ótimos, mas o destaque mesmo fica com Dark Castle e A Storm of Light.


O A Storm of Light (formado por membros de bandas como Neurosis, Battle of Mice e Blood & Time) chega ao seu 3º disco (além de 1 EP e 1 Split), intitulado "As The Valley of Death Becomes Us, Our Silver Memories Fade". Em meio ao já saturado post-metal, eles conseguem fazer um som totalmente inovador. Esse disco é o típico caso que faz você correr atrás de toda a discografia da banda, de tão bom que é. Nele há a participação de diversos músicos, como Jarboe (ex-Swans, que já gravou um disco com o Neurosis) e Kim Thayil (Soundgarden). 


O Dark Castle também nos traz um disco novo, "Surrender To All Life Beyond Form". Formada por apenas duas pessoas, a banda nos traz uma sonoridade calcada no sludge e no drone, mas um pouco mais "viajada" que seus trabalhos anteriores. Vale conferir a entrevista que o Intervalo Banger fez com a vocalista Stevie (que também é tatuadora!)



A Storm of Light
Dark Castle 



Eddie Vedder, Seasick Steve e outros lançamentos


Hoje chega às lojas o novo disco do Eddie Vedder, chamado Ukulele Songs. Com o single 'Longing to Belong', o álbum está recheado de composições antiga do cantor, mesclando com versões como 'Can't Keep' e um clássico dos Everly Brothers. Além disso, o álbum conta com as participações especiais do Glen Hansard dos Swell Season e da Cat Power nas vozes.






A fadista Aldina Duarte também regressa esta semana aos discos com "Contos de Fados". José Mário Branco, Maria do Rosário Pedreira, José Luís Gordo e à própria Aldina Duarte escreveram os poemas que podemos ouvir neste registro que a fadista descreve como «livros vertidos para fados tradicionais». Dostoiévski, Herman Hesse, Tennessee Williams são alguns dos autores que inspiraram os novos fados de Aldina.





Outro lançamento português é o da banda You Can't Win Charlie Brown que estréia com o "Chromatic". Os integrantes colocam Nick Drake, Animal Collective e Simon & Garfunkel como grande influência.



Semana passada tivemos alguns lançamentos de reedições. "Ride, Rise, Roar" de David Byrne e os álbuns "Diary of a Madman" e "Blizzard of Ozz" de Ozzy Osbourne, comemorando os trinta anos desde o seu lançamento



Eu não poderia terminar este post melhor, do que falando do velho Seasick Steve (sim, eu sou fã) que hoje lança o seu quinto disco, chamado "You Can't Teach An Old Dog New Tricks". Por enquanto ficamos com o seu single homônimo, escuta ai!

Blecaute

Muito se discute a respeito da origem da verdadeira Literatura Brasileira. Teria ela começado com os romances indianistas, com Machado de Assis ou com a Semana de Arte Moderna de 22? Antes, era apenas uma reprodução do que estava acontecendo na Europa, centro de toda a efervecência cultural. Hoje a discussão ainda existe: nossa Literatura está num chamado Pós-Modernismo? Temos autores que representam muito bem nosso momento da escrita, justamente por cada um seguir seu próprio estilo. Alguns dos nomes conhecidos são Luiz Rufatto, Fernando Bonassi, Fabrício Carpinejar e Marcelo Rubens Paiva. É desse último que tratará esse texto.


Seu nome talvez seja conhecido pela tragédia que envolveu sua família. Seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, desapareceu depois de ser torturado durante a ditadura militar. Outro fato triste da vida de Marcelo Rubens Paiva, foi o acidente que sofreu ao mergulhar em um rio aos 20, deixando-o tetrapéglico. Após muita fisioterapia ele recuperou o movimento dos braços e mãos, e assim escreveu seu livro "Feliz Ano Velho", em que relata desde o acidente até sua recuperação.



5 anos após escrever seu romance autobiográfico, Marcelo Rubens Paiva publicou “Blecaute”. Neste livro, ele imagina como seria uma São Paulo pós apocalíptica. Três amigos viajam para explorar cavernas num feriado e acabam presos numa delas após uma enchente. Ao saírem se deparam com a cidade silenciosa e todas as pessoas estranhamente paralisadas. Começam então uma jornada em busca de sobrevivência e de aprenderem a lidar uns com os outros.

Romances pós-apocalipticos são bastante comuns, o que diferencia o de Rubens Paiva é a verossimilhança ao descrever partes da cidade de São Paulo. Exemplos disso são o momento em que os protagonistas resolvem pintar a Avenida Paulista de vermelho e quando resolver explodir os principais pontos da cidade. O autor também mistura o passado das personagens ao contar o dia a dia na nova realidade de silêncio absoluto.


Marcelo Rubens Paiva é uma figura carimbada na cidade de São Paulo. Trabalha no teatro, mantém um blog e recentemente foi lançado um filme baseado em seu livro “Malu de Bicicleta".

Jeff Bridges irá lançar álbum em agosto


Jeff Bridges irá lançar em agosto o seu segundo trabalho como músico. O ator disse que protagonizar o "Coração Louco" foi a inspiração para a sua carreira musical, "Fiquei muito envolvido com minha música e acho que isso é um resultado direto de 'Coração Louco'", afirmou.

Quatro das onze músicas do álbum auto-intitulado foi composta pelo próprio Bridges. A produção ficou por conta de T Bone Burnett, rapaz que trabalhou com o ator no "Coração Louco" e em "O Grande Lebowski" (1998).

Seu primeiro trabalho foi lançado em 2000, pouco depois do lançamento de "O Grande Lebowski", intitulado "Be Here Soon", teve pouca repercussão.



Clapton em Outubro!



Após 10 anos, Eric Clapton volta ao Brasil em outubro para os três shows: dia 6 em Porto Alegre (estacionamento da Fiergs), dia 9 no Rio de Janeiro (HSBC Arena) e dia 12 em São Paulo (estádio do Morumbi).

Por incrível que pareça, antes que você se pergunte, ainda não foram divulgado os preços! Sendo que a venda de ingreços para o show que ocorrerá no Rio de Janeiro começa daqui três dias! Já para a apresentação em Porto Alegre,terá seu ingresso à venda a partir do dia 15 de junho e para o show em Sampa, a partir do dia 23 de junho. Os ingressos para as três capitais estarão à venda, nas datas estipuladas, pelo site www.livepass.com.br.


Ele virá companhado de sua banda formada por Steve Gadd na bateria, Willie Weeks no baixo e Chris Stanton nos teclado, além de Michelle John e Sharon White nos backing vocals.


Já deixo claro que não procurei saber o set list, odeio saber dessas coisas antes. Então, por enquanto, fica um vídeo de um show, só pra dar um gostinho!

Entrevista: Rykarda Parasol



Graças ao last fm, qualquer tipo de música ficou acessível. E graças a ele eu conheci a maravilhosa cantora Rykarda Parasol. Uma vez li que o som dela era uma mistura de Johnny Cash, com Tom Waits e um pouco de Nick Cave. Realmente o som dela tem essas claras influências, mas não pode ser resumido a apenas isso.

Conversei com Rykarda via email algumas vezes e notei que ela era uma pessoa bastante acessível. Pedi para entrevistá-la e felizmente ela topou na hora.



1) Quando você começou a cantar?

Eu comecei a cantar e a escrever músicas a sério mais ou menos ao mesmo tempo, que foi no meu segundo ano na Universidade. Isso foi depois de algumas tragédias. Apesar de ter um grande carinho pela música eu nunca senti que tivesse o direito de segui-la a sério. Quando eu era criança, meus pais, professores e muitos outros me disseram para simplesmente não cantar. Aparentemente eu devia ser insuportável de escutar. È engraçado pensar nisso agora. Eu também era uma criança calma e com o passar dos anos eu acho que minha necessidade de me expressar se tornou mais forte e fazer barulho se tornou inevitável.

O estilo que eu canto agora: o cantar/falar – Eu acho que o desenvolvi em parte porque eu tinha que cantar baixo senão meus vizinhos poderiam me escutar. Mas cantar não é importante para mim. Eu não gosto de cantar apenas por cantar. Eu canto porque há algo a ser dito e uma expressão para transmitir.

2) Como você descreve sua música?
Minha música é pessoal. Ela é esteticamente dark e misteriosa. É mais fácil descrevê-la como “rock noir” já que ela invoca o suspense e o imaginário de uma heroína de filme noir. Às vezes é esquisita e sofisticada.

Outros a compararam a Nick Cave, Lou Reed, Mark Lanegan e assim por diante. Minha música não é diferente do estilo “muder ballad”. Eu não acho, entretanto, que sou única por ser mulher, mas sim pelo meu ponto de vista, que é parte de porque eu quis escrever. Eu acho que minha voz é interessante – entretanto, para mim, é mais importante o que eu digo do que o que eu posso cantar e além disso, eu tomo muito cuidado com a emoção por trás de cada palavra.

3) Quais são suas influências quando você compõe suas músicas? Você as escreve sozinha?
Sim, eu escrevo músicas sozinha. Elas são muito pessoais, então eu não estaria apta para escrever com outra pessoa. Eu posso ser muito tímida e ao mesmo tempo que eu tomo cuidado para não me isolar, eu sei que esse tempo sozinha é necessário para mim. Eu me sentiria muito desconfortável de escrever essas músicas particulares ao lado de alguém.

As melodias vêm facilmente, mas eu posso passar muito tempo nas palavras para encontrar o significado certo. Muitas vezes, o cuidado com as palavras tem uma relação direta com a resolução de algo na minha vida. Meu crescimento como musicista está diretamente relacionado com o meu crescimento como pessoa. Escrever músicas tem me dado perspectiva e compreensão para as lutas internas.

Eu admiro muitos artistas, arte, cultura e coisas que eu vejo quando viajo. Isso tudo tem participação em como eu mudo como pessoa e no que me inspira. Eu sou provavelmente mais inspirada pela filosofia e poesia do que por outros músicos. Eu tomo cuidado para não me isolar completamente. Quando eu viajo, como agora, eu carrego alguns livros de poesia comigo. Eu os releio muitas vezes. De muitas formas, a poesia é tão acessível para mim quanto a música.

4) Você conhece música brasileira?

Eu conheço bem pouco – mais estilos vintage como Os Mutantes, os Gilbertos, e alguma coisa de Caetano Veloso.
5) Além da música, você gosta de outros tipos de arte?
Sim, muito. Eu amo pintura e literatura. Eu sou uma pessoa muito visual e por muito tempo eu trabalhei como ilustradora e às vezes ainda trabalho. Eu planejo e produzo a arte do meu disco do começo ao fim, e muitos dos meus pôsteres. Às vezes eu costuro os meus vestidos que uso no palco. O vestido “Hate” é um exemplo disso. Eu fui para a escola de arte e estudei pintura. Há muitas influências para citar, mas eu sou particularmente apaixonada por “strong lines” e “story”.
Eu também tenho escrito muito. Na verdade, eu gosto de escrever sobre arte combinada com conceitos de arte. Existem alguns assuntos em minha vida que eu sinto que não se encaixariam numa canção. Então eu comecei a escrever ensaios e poesias que existem sem música. Eu postei alguns dos meus escritos mais recentes no meu website.





"A Drinking Song", de seu disco "For Blood and Wine".




Para conhecer mais sobre o trabalho de Rykarda, basta acessar seu site.
Aqui é possível encontrar alguns dos ensaios que ela menciona na entrevista.

Obrigada Rykarda!



Também gostaria de agradecer ao meu amigo Paulo Meirelles pela ajuda na elaboração das perguntas e pela revisão da tradução.

Show do Anathema é cancelado!

Infelizmente, o show do Anathema em São Paulo foi cancelado. Os motivos estão sendo discutidos em diversas redes sociais, mas muitos alegam que um produtor argentino impediu que a banda tocasse aqui.

Vincent e Danny fizeram um comunicado oficial no site da banda. Clique aqui para lê-lo.


A produtora Dark Dimensions irá se pronunciar a respeito da devolução do dinheiro.

Mais uma vez os fãs brasileiros terão que esperar...

Brega e sem-vergonha, só no rebolado

Avalanche Tropical é formado por André Paste, Bonde do Role, Holger, Dago Donato e Drunk Disco. O gosto por brasilidades e coisas que mexem os quadris de qualquer ser humano juntou essa turma num ode aos sons considerados cafonas. No site são reunidas diversas referências musicais dos membros, música para se acabar de dançar e deixar a pose de lado. Impossível dar play em uma das músicas e continuar imóvel.


Aquelas músicas que todo mundo dança no fim de festas, depois de vários drinks, vão ganhando destaque e se tornando atração. Para você que não tem vergonha de ser controlado pelos quadris é um prato cheio e uma ótima oportunidade de mostrar aos seus amigos que brega é mesmo legal. Agora é esperar mais músicas dessa galera que promete também organizar um festival. Valorizar o Brasil pelo que nossa cultura produz de melhor (ou pior) é o grande trunfo da Avalanche, vamos ver até onde eles conseguem levar nosso requebrado brazuca.

Nesse remix, indicado no site, dá para entender um pouquinho mais do que eles estão falando.


Beyonce - Diva (Murlo Refix) by Murlo

As fotografias de Annette Pehrsson

De uns anos para cá houve um boom da fotografia analógica. Quem tem mais de 20 anos com certeza se lembra dos pais/parentes/amigos tirando fotos e depois levando o filme para revelar. No fim dos anos 90 as câmeras digitais tomaram conta e os filmes ficaram um pouco de lado. Mas a história mudou. Basta dar uma olhada rápida em sites como o Flickr para encontrar diversos fotógrafos que revivem a arte da fotografia analógica.

Entre esse fotógrafos temos a sueca Annette Pehrsson. Ela também usa a câmera digital, mas a maioria de suas fotos vem de câmeras como Polaroid e Zenit-B.




Junto com seu namorado, ela tira fotos fantásticas. Utilizando pequenos detalhes, ela cria fotos como essas:



Como dito no início do post, ela também utiliza câmeras digitais e obtém resultados ótimos.



Annette já conseguiu um lugar entre os melhores fotográfos, basta colocar seu nome no google e olhar os resultados. Suas fotos já apareceram até em revistas coreanas e ela tem dois livros para venda.

Para saber conhecer mais fotos da Annette, basta acessar seu site ou seu flickr.

*As fotos deste post foram retiradas do blog de Annette.

Lady Gaga e a heresia pop

Nesta semana mais uma vez a polêmica cantora pop apareceu em um clipe com tema religioso. Nele representa Maria Madalena, o ator Norman Reedus é Judas e Jesus é um bonitão apático com seus doze discípulos motoqueiros.

Como em todos os clipes a produção freak de Gaga ganha destaque especial, uma produção muito bem feita junto com a música, sucesso certeiro nas pistas de dança mundo a fora. Já suscitando muita controvérsia o clipe não é o primeiro a cutucar a Igreja Católica com vara curta. Resta saber até quando esse será o tema escolhido pela Mother Monster para não sair das páginas de notícias on e off line, nem dos bate-papos entre amigos. Já não é mais novidade,mas ainda funciona, veremos até quando.


Assista o clipe de Judas, do álbum Born This Way, com previsão de lançamento para este mês.


Novo filme de Lars von Trier


O diretor Lars von Trier nos traz um novo filme chamado "Melancholia", após toda a polêmica em cima de seu filme anterior "Anticristo".

Como em todos os filmes do diretor, temos uma mulher sofredora, aqui interpretada por Kirsten Dunst. Charlotte Gainsbourg interpreta sua irmã e Alexander Skarsgard seu noivo. No elenco ainda temos Stellan Skarsgard, John Hurt e Kiefer Sutherland.

O próprio diretor o definiu como um filme sobre o fim do mundo com um quê de drama psicológico. Depois de "Anticristo", só podemos esperar mais uma piração vinda de Trier. E com ele não há meio termo, ou o filme é apreciado ou detestado.

Para saber mais sobre o filme, basta acessar o site oficial.
A estréia do mesmo aqui no Brasil está prevista para setembro deste ano.

Confira o trailer: