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Entrevista: Juninho do Ratos do Porão

Entrevistamos para o Quintal dos Fundos, o Juninho, do Ratos de Porão, que está há 8 anos na banda. Nos conta um pouco da sua trajetória, bem como seus planos futuros. Vamo lá!



1) Antes de tudo, muito obrigado por aceitar a entrevista! Como rolou de você começar a tocar com o Ratos de Porão?

Obrigado a você por mandar a entrevista! Minha relação com o ratos começou com minha entrada na equipe, quando eles estavam precisando de um roadie. A banda estava parada pela operação que o gordo fez de redução do estômago, daí quando voltaram montaram equipe nova, daí que eu entrei fazendo guitarra e baixo. Na época era o fralda o baixista, e trampei por alguns meses somente, daí ele decidiu deixar a banda, então eles me perguntaram se eu não estava afim de tocar.
Inicialmente era por um tempo, não sabiam o que iam fazer, rolou até uma idéia do jabá voltar pra banda, mas isso não aconteceu, então eu fui chamado pra ser da banda mesmo, definitivo.Isso foi no começo de 2003, como roadie, e lá pro meio do ano comecei a tocar, são 8 anos já com os caras!


2) O Ratos já tocou muito na gringa, qual é a diferença de tocar lá e aqui?

A banda foi uma das primeiras a sair do país, isso desde os anos 80, desde então o ritmo sempre se manteve, todo ano festivais e shows bons na europa, e eu peguei bastante disso. América do sul por pelo menos uns 4, 5 países,
fomos pro méxico, e pra europa já fui mais de 10 vezes. Exites uma diferença sim por você estar em outro país, a galera se comporta diferente, cada país de um jeito, é muito classe conhecer essas culturas, fora que tem os rolês pelas cidades, trocar idéia com o pessoal local, é uma das melhores coisas de vida.
Tocar aqui no Brasil é bom demais, a galera se identifica muito mais, pelas letras, pela língua, e o ratos é uma banda que manteve 100% o respeito durante esses anos. Quanto ao lance profissional de shows e tal, a gente toca em todo tipo de lugar, aqui no país e fora, já pegamos roubadas de som ruim aqui e lá fora também, achar que na gringa tudo é de ouro é pura ilusão, tem tosqueira também.


3) Você é straight edge, né? Qual é a emoção de tocar "Beber até morrer"?

Sou vegan straight edge desde que comecei a me envolver com o punk-hardcore, e exclusivamente a música "beber até morrer" ela não tem uma conotação de bêbado podre, mas sim o lance de você usar a bebida para resolver seus problemas, então ela não é uma música de apologia ao álcool.
Eu não me importo de tocá-la, sendo que também a banda tem outras letras antigas falando outras paradas piores!! mas eu encaro como qualquer fã de ratos de porão, a banda sempre foi assim, eu amo a banda de criança, e tocar com eles não me dá nenhum tipo de sentimento de não curtir as letras e tal.


4) O que você curte de literatua e cinema? Esse tipo de coisa também te influencia para compor?

Eu curto algumas coisas sim de literatura, Kundera, Noam Chomsky, William Perer Blarry, Eduardo Galeano, mas te confesso que não sou um leitor assíduo. Pego um livro e demoro muito pra ler, e fora esses que eu citei, gosto muito de ler livros com histórias da música, como aquele da vida do Tim Maia, do Melson Motta, ou livros sobre a vida de músicos de jazz, Charles Mingus, John Coltrane, Miles Davis, Gil Scott Heron, etc.
Influencia muito! São idéias que estavam guardadas dentro de um livro, daí à partir de que elas entram na sua mente, você acaba sendo influênciado no dia a dia, é inevitável, da forma de pensar e automaticamente na forma de compor.

5) Falando em cinema, como foi a produção do Guidable?

O Guidable já era uma vontade antiga da banda, principalmente da parte do gordo, que tinha a maioria do materiala ali do filme. O Gordo começou a separar as coisa que ele queria usar, daí com nossos amigos da black vomit (rick e marcelo) começou a rolar uma organização dos materiais, separaram tudo por ordem cronológica, começaram as entrevistas com todos os membros, e foram juntando milhares de horas de material. Eu imagino o trampo que foi começar a editar tudo aquilo, foram horas e horas de muita concentração pra ter saído legal daquele jeito.É um filme engraçado demais, mesmo pra quem não curte a banda dá pra assistir e se divertir.


6) Você também tem outras bandas. Quais os planos com elas?

Além do ratos eu toco em outras 3 bandas: Discarga, O Inimigo e Eu Serei A Hiena.

Todas as bandas gravam discos, ensaiam bastante, fazem shows, então estou sempre na correria pra dar conta de tudo. O Inimigo acabou de gravar o disco novo, irá sair em agosto de 2011, o Discarga deve ficar parado até outubro, e o Eu Serei A Hiena está começando a compor músicas novos para um disco novo, que não temos ainda planos de quando gravar.



7) Haverá um novo disco do Ratos em breve?

Ano passado estávamos compondo músicas novos, daí pegamos algumas delas e gravamos o 10" split com uma banda da espanha, o looking for a answer.Depois disso paramos de ensaiar e continuar com as composições, mas temos algumas já prontas e muita idéia na cabeça. Não existe uma previsão para um disco novo, mas espero em breve voltarmos a compor para desenvolver isso.

Valeu, Juninho!

Palestra - Luiz Ruffato

Na próxima sexta-feira (17/06),  escritor Luiz Ruffato dará uma palestra sobre Crítica Literária, na Escola São Paulo.


Clique aqui para maiores informações.

Cannibal Corpse volta ao Brasil

O Cannibal Corpse é uma banda que não decepciona seus fãs brasileiros. Mais uma vez, eles tocarão por aqui. O show está confirmado para o dia 03/12, no Carioca Club. Dessa vez, virão com eles as bandas The Black Dahlia Murder e Suicide Silence. 


Esperamos que as "diferenças musicais" das bandas de apoio não façam com que muitos fãs desistam de ver o show.


A última passagem do Cannibal por aqui foi em fevereiro do ano passado.

Tool no Brasil?


Há especulações de que o Tool tocará no Chile no festival Maquinaria. A produção é a mesma aqui no Brasil, mas sob o nome de SWU.

Será que dessa vez a banda passará pelo Brasil? Esperamos que sim.

Entrevista: Banda Tomada

A Banda Tomada está lançando agora o seu álbum intitulado o Inevitável, então aproveitamos para conversar um pouco com os caras sobre o som deles e o novo trabalho.


1- Primeiramente, gostaria de agradecer ter aceitado da entrevista, então vamos lá! Como a banda surgiu?

Ricardo Alpendre - Foi lá pro fim do ano 2000. Daquela pré-história original só está o Pepe. Eu entrei logo depois, no Carnaval de 2001. Naquela época nosso trabalho era bem engraçado. Por algum motivo, o som me lembrava uma grande banda, os Pink Fairies, tanto nas coisas boas quanto nas ruins...


2- É possível ver uma grande influência setentista no trabalho de vocês, quais as maiores influências para as músicas da banda?

Pepe Bueno - Somos uma banda de Rock, cinco caras que tocamos pra valer (rsrs). Tudo influência a música, esse é segredo de quando você senta com um violão ou surge uma melodia na sua cabeça. Sinceramente, não estamos presos ou obrigatoriamente fazemos um unico estilo de som pra agradar uma certa galera. É bem institivo assim que estamos deixando fluir.

Lennon - O Rock é a nossa base. Cada um agrega elementos que contribuem para cada canção.

Ricardo Alpendre - Se você somar as influências individuais de todos, nossa gama de influências é muito extensa. Eu, por exemplo, considero como influências tudo o que já ouvi e curti, e muitas dessas influências não são perceptíveis por quem ouve, porque elas estão na vivência, no modo de interpretar a vida na música, e não exatamente na forma e nos arranjos. Por isso não hesito em dizer que tenho Noel Rosa e Louis Prima entre minhas maiores influências, entre outras coisas diversas, embora a forma musical não tenha ligação.


3- Além da música, o que mais lhe influencia para vocês comporem?

Lennon - Adoro compor depois de assistir filmes. Principalmente aqueles filmes que você assiste sem “piscar os olhos” (rsrs). E o que me inspira muito também é a rua, seja uma volta no quarteirão ou uma caminhada pelo centro da cidade, fico observando como tudo se comporta (rsrs).

Ricardo Alpendre - As experiências de vida e os livros. A maior parte da sabedoria está na literatura. Não as biografias de artistas da música que a gente gosta. Também são legais, mas falo dos grandes livros mesmo, os grandes clássicos.


4- Com quem você já dividiu o palco que lhe trouxe maior emoção?

Ricardo Alpendre - O bluesman brasileiro André Christovam me deu a honra de cantar nos shows de 35 anos de carreira dele. As pessoas do nosso movimento artístico atual, da cena independente brasileira mesmo, também nos causam boas emoções quando dividimos o palco: o pessoal do Pedra, do Baranga, Carro Bomba, Cascadura, Cracker Blues, Crazy Legs...


5- Quais são os nomes da música atual que lhe chamaram a atenção?

Lennon - Atualmente tem muita coisa boa, ou contrário do que possa parecer. Gosto muito das bandas: Volver, Transmissor, Jennifer Lo-Fi, Moxine, Druques, e por aí vai...


6- Como foi gravar o álbum O Inevitável? Conte-nos!

Pepe Bueno- Caraca man, foi longo (rsrsrsrs). Mas estamos felizes com o resultado, é uma fotografia do Tomada e de tudo o que aconteceu até chegarmos aonde estamos. Rock com pulsação, com vida era isso que eu realmente queria.

Lennon - Totalmente ROCK’N’ROLL!!! (rsrs)

Ricardo Alpendre - Foi simplesmente muito bom poder registrar as melhores músicas que já fizemos. Mesmo tendo que pensar em um orçamento limitado, lidar com nossas capacidades e defeitos técnicos. Tudo foi extremamente humano, como as canções são.


7- Quais são os planos para o futuro?

Pepe Bueno - Shows, luzes, rock,articulações,entrevistas, violão,guitarras, voz, banda e proximo disco!!! Estamos superantenado em tudo e vamos contar isso tudo do nosso jeito com a nossa verdade! Iremos tambem gravar um clipe da música "Ela não tem medo", chamei minha irmã Sara Antunes, que tá arrebentando nos palcos de teatro pelo Brasil e disse ei Sara não quer fazer um favor pro seu brother aqui rsrsrs, ela tpouo na hora, espero que seja a primeira vez de varias...


8- Tem algum recado para os seus fãs?

Lennon - Galera, precisamos valorizar todas as bandas que lutam pra fazer Rock Autoral no Brasil. Vamos exigir que bares e casas de show contratem essas bandas. Chega de banda de couvers! Antes que seja tarde!

Ricardo Alpendre - Totalmente apoiado!

Valeu!

A banda é formada por;


Ricardo Alpendre - Voz
Márcio Luiz Gonçalves - Guitarra
Lennon Fernandes - Guitarra
Pepe Bueno - Baixo
Alexandre Marciano - Batera

Se você quer conhecer mais sobre o trabalho dos caras, clique aqui. Também tem o MySpace. Por hora, confira ai como foi trabalho dos caras na gravação.






A banda Tomanda vai tocar em Sampa na semana que vem (sábado, dia 18), em Bragança Paulista e dia 17 de julho aqui em Sampa, no Centro Cultural São Paulo. Quem puder, compareça! Eu já vi e vale a pena!

9 coisas que você não sabia sobre Bob Dylan

Mais um post do especial do mês! Bob Dylan! Veja aí as 9 coisas que você não sabia sobre ele.

Dylan ofereceu maconha aos Beatles

Segundo o escritor Bob Spitz, autor de uma das principais biografias dos Beatles, John Lennon era fã do Dylan e em 1964, teve a oportunidade de conhecer o cantor. E o tal do Dylan aproveitou o papo para oferecer um baseadinho para os Beatles. O mais legal é o encontro rendeu grandes influências no trabalho de ambos dalí em diante.

O inovador clipe de "Subterranean Homesick Blues"
Dylan é considerado um dos precursores do videoclipe por causa de "Subterranean Homesick Blues", de 1965. Nele, Dylan fica parado em frente à câmera segurando pôsteres com trechos
da letra da música. Na verdade, não se trata de um clipe propriamente dito, e sim parte da sequência inicial do documentário "Don't Look Back".

David Bowie fez uma canção para Bob Dylan
Em 1971, David Bowie escreveu uma canção para Bob Dylan apropriadamente intitulada "Song for Bob Dylan". Nela, o cantor falava sobre a influência de Dylan para a sua geração, lamenta discos difíceis de encontrar e pedia que voltasse à sua forma antiga.

Woody Allen definitivamente não é um fã
Em "Annie Hall" (no Brasil, o filme ganhou o esdrúxulo título de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa"), filme escrito por Wood Allen, há uma personagem que faz o papel de fã do Dylan, e em certa altura do filme, Allen conhece a conhece. Ela que recita a letra de "Just Like a Woman" para ele. A cara que Allen faz quando ela tenta convencê-lo da profundidade de versos como "And she aches just like a woman / But she breaks just like a little girl" é uma prova clara que ele não está nem um pouco convencido do talento de Dylan.

Bob Dylan tocou em Woodstock... em 1994
Pois é. O cara tocou naquele show de merda, realizado para festejar os 25 anos do Woodstock.
Agora você se pergunta: Por que ele não tocou no Woodstock original? Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Apesar de ser um dos artistas mais importantes da década, Bob Dylan não tocou no festival mais emblemático do rock. Dizem que ele não quis participar do evento porque estava de viagem marcada para a Inglaterra.

Dylan já tocou para o Papa
Em 1997, Bob Dylan fez um show em Bologna, na Itália, diante um convidado bastante especial: o Papa João Paulo II. Na ocasião, tocou "Knocking on Heaven's Door" e "A Hard Rain’s A-Gonna Fall". Antes de performance, quando falava ao público presente no local, João Paulo II citou trechos de uma das composições mais famosas de Dylan, "Blowin' in the Wind", em sua homília: "Você diz que a resposta está no vendo, meu amigo. Mas não está no vento que sopra as coisas longe, está no sopro no Espírito Santo".


Like a Rolling Stone com os Rolling Stones e o Dylan
Dylan veio ao Brasil pela segunda vez em 1998. Na ocasião, ele foi escalado para fazer os shows de abertura da turnê dos
Rolling Stones no país. Como Mick Jagger e companhia estavam tocando o clássico de Dylan "Like a Rolling Stone" em suas apresentações (a versão dos Stones para a canção havia sido lançada três anos antes), nada mais natural que convidar o autor da música para um dueto. Os shows em São Paulo e Rio de Janeiro e mais as performances na Argentina foram os únicos daquela turnê dos Stones a contar com a participação de Dylan. O dueto foi um pouco tenso, afinal não houve muito tempo para ensaiar, mas valeu pelo encontro histórico.

Dylan e os quadros sobre o Brasil
A mais recente passagem de Bob Dylan pelo Brasil, em 2008, serviu de inspiração para o músico pintar uma série de quadros sobre o país. As obras foram expostas num museu em Copenhague, na Dinamarca, em 2010, e chamaram a atenção por tratarem de temas como pobreza e violência - uma das pinturas inclusive mostra um corpo no chão, em meio a uma poça de sangue. Mesmo assim, na época o cantor divulgou um comunicado dizendo que escolheu o Brasil como tema porque gostava muito de seu ambiente. Dylan pinta desde os anos 1960. A capa do disco "Self Portrait", de 1970, é uma pintura sua.

Vovô Bob Dylan
O cantor tem nove netos e, segundo relatos, tem um adesivo colado em seu carro em que se lê: "melhor avô do mundo" ("world's greatest grandpa").